Os recentes casos de febre amarela registrados no Brasil despertaram a atenção da população para a doença viral. Apesar do número de casos confirmados e de óbitos por febre amarela no país serem bem inferior ao mesmo período do ano passado, está crescendo rapidamente e aumentando a procura por vacinas. Essa é a principal forma de prevenção da doença.
Afinal, idosos podem e devem tomar a vacina?
Primeiramente, é importante ressaltar que uma dose padrão da vacina garante proteção para toda a vida. Ou seja, o cidadão que já se imunizou uma vez e tem o comprovante não precisa se preocupar com uma nova vacina, independente da idade.
Pessoas acima de 60 anos podem se vacinar com a dose padrão e a dose fracionada, desde que ainda não tenham tomado a vacina e que tenham orientação médica para se imunizar. Além disso, é necessário verificar se essa faixa etária se enquadra na estratégia de vacinação do município onde reside.
O Ministério da Saúde afirma que o sistema público de todos os estados disponibiliza a imunização contra febre amarela, inclusive em áreas sem recomendação da vacina. Porém, cada município adota uma estratégia e um público prioritário para a aplicação das doses, de acordo com a realidade do local.
Orientação médica
Ainda segundo a assessoria de imprensa do Ministério, a orientação médica para que idosos tomem a injeção contra a febre amarela pode ser feita até mesmo na unidade básica de saúde. No próprio momento da triagem, o médico já identifica se o paciente apresenta alguma doença ou condição desfavorável para aplicação da vacina.
A exigência de recomendação médica para maiores de 60 anos é feita porque a imunização contra a doença é contraindicada para pessoas com o sistema imunológico comprometido. No caso dos idosos, as chances de se enquadrar nessa categoria é maior que em grupos de outras faixas etárias, já que o envelhecimento diminui as respostas de defesa do organismo.
Situações que merecem atenção especial
A população brasileira que vive em Áreas Com Recomendação de Vacinação (ACRV) ou Com Recomendação de Vacinação Parcial (ASRVP) contra febre amarela, bem como quem vai viajar para uma dessas áreas ou ainda para países que exigem o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) deve estar mais atenta à vacina. Confira aqui a lista das áreas de risco.
Contudo, a imunização padrão contra a febre amarela faz parte do calendário nacional de vacinação a partir dos 9 meses de idade. Então é importante que todos os brasileiros, em qualquer área de residência, mantenham a carteira de vacina atualizada, de acordo com o calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Campanha emergencial
O Ministério da Saúde organizou uma campanha para evitar a circulação e a expansão da doença para áreas próximas de onde há circulação atualmente. No total, 77 municípios de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia participam da campanha recebendo a dose fracionada da vacina, confira a lista.
O fracionamento permite que mais gente se imunize sem acabar com os estoques. Essa estratégia utiliza um quinto de uma dose padrão da vacina contra febre amarela, mas a Organização Mundial da Saúde (OMS) atesta que a proteção é a mesma que a da dose padrão. A diferença está apenas no peso e no tempo de proteção. Enquanto a dose padrão é para a vida toda, o efeito da fracionada dura apenas oito anos.
Tire outras dúvidas sobre febre amarela aqui.